Verônica Debom é atriz contratada da
Record e foi escalada para a novela “Rebelde”, onde vem colhendo frutos
de um trabalho bem feito. A atriz já passou por diversas novelas da
Globo e da Record, é convidada frequente do popular grupo “Comédia em
Pé” e pretende montar um dia seu próprio show de humor.
Verônica,
todos que fazem parte do elenco de Rebelde de imediato recebem nas ruas
e no twitter uma resposta do público, muito carinho e assédio. Você já
sentiu? Como foi?
Sinto o tempo todo. É impressionante
mesmo: aonde quer que eu vá tem gente que me reconhece da novela.
Normalmente pedem pra tirar fotos, mas tem uns mais fanáticos que
choram, tatuam o nome. É sempre gostoso receber afeto e carinho e eu me
sinto muito bem em saber que meu trabalho faz alguma diferença na vida
dessas pessoas. É bom saber que eu estou fazendo alguém rir ou chorar,
se divertir, esquecer dos problemas, aprender, enfim, é bom saber que
meu trabalho toca de alguma maneira e faz diferença pra alguém. O
assédio louco é bem engraçado. Parece que eu estou disfarçada de outra
pessoa, alguém famoso. Um dia veio um grupo de meninas gritando
histericamente e correndo na minha direção e eu penso: É comigo isso? Aí
elas gritaram meu nome eu concluo: é. Será que acordei com a cara do
John Lennon hoje e não reparei!?!
-Sua personagem vive um triângulo amoroso com outros dois professores. Já viveu uma situação parecida na vida real?
Não, nunca.
Sua participação em Rebelde tem um lado cômico. Como é atuar com comédia?
Uma delícia. Me divirto muito. A comédia vibra dentro do ator e vai levando-o a um grau enorme de agitação e
excitação que culmina nas risadas dos outros. A risada do público é o
escape dessa energia toda que fica pulsando dentro do nosso corpo.
Quando a gente consegue fazer o pessoal do estúdio rir então é mais
gostoso ainda, vira teatro e tv ao mesmo tempo. Eu acho gravar as cenas
de comédia a maior diversão. Não há nada que eu ame mais fazer.
Você é constantemente convidada especial do renomado “Comédia em pé” e pretende lançar um show solo. Vai levar essa ideia adiante? Como é estar em um stand-up ?
Não sei. Isso é um projeto a longo
prazo que eu imagino que todo comediante stand up tenha. Não tenho
nenhuma data, nem estou me concentrando nisso. Por enquanto me preocupo
só em fazer bem a novela e meu show de stand up aonde quer que eu faça.
Fazer stand up é tenso, excitante e desafiador. É como uma modalidade
radical de teatro: Mais simples e mais arriscado. É completamente
imprevisível. A plateia faz o show. Muda a plateia, muda tudo, tudo pode
acontecer.
Seu
currículo é cheio e “invejável”. Oito peças, várias participações na
Globo e Record, formação pela CAL e PUC-RJ. Você é do tipo de atriz que
se aprimorou ao máximo, para depois chegar ao reconhecimento? O que você
ainda pretende fazer e almeja?
Primeiro eu acho impossível qualquer
um se aprimorar ao máximo. Sempre há espaço para aprimoramento. Acho que
toda profissão necessita de movimento constante, mas posso falar pela
minha: penso que se o ator para de estudar, pesquisar e se enriquecer,
nem ao menos estagna, ele regride. Então não existe um máximo, existe um
esforço constante. E depois, essa história de “chegar ao
reconhecimento” também é muito relativa. Essas coisas mudam. Não vejo a
vida como um processo que leva a um ponto de chegada, é tudo meio
cíclico. Num dia você é reconhecido pelo seu trabalho, no outro não é
tanto, ou deixa de ser, e depois é novamente. Eu acredito no trabalho
constante. O segredo é gostar do que se faz para não cansar facilmente.
Eu ainda pretendo fazer muito mais do mesmo: teatro, cinema e tv. Sempre
existe um projeto mais desafiador, personagens interessantes, uma
plateia vibrante, coisas novas, grandiosas e excitantes para se fazer
dentro daquilo que já é e tem sido meu ofício.
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